Quando se trata de trabalhos de campo e consultoria, na maioria das vezes, os clientes, órgãos públicos e demais stakeholders recebem apenas o relatório técnico conclusivo, que é o produto final que inclui, dentre outros itens, a apresentação, interpretação e conclusão dos dados obtidos inicialmente em campo.

Neste sentido, os Trabalhos de Campo constituem a parte central para a grande maioria dos estudos, sobretudo os de meio ambiente, pois é a fase de projeto onde são coletados e/ou registrados os dados e as informações relativas ao objeto estudado, que serão, posteriormente, analisados e interpretados para a elaboração dos relatórios técnicos.

Em geral, os trabalhos de campo envolvem os maiores custos de projeto, dessa forma, devem ser planejados visando alcançar os objetivos propostos, atender às reais necessidades do cliente, otimizar os gastos e minimizar imprevistos e atrasos no cronograma executivo.

Inicialmente, os gestores devem planejar quais dados serão coletados e/ou registrados, delineando quais matrizes ambientais serão avaliadas e o quantitativo de amostras a serem coletadas, bem como os locais e as profundidades de coleta e os parâmetros a serem analisados, para então definir as metodologias e técnicas, dentre as disponíveis, que serão utilizadas.

Importante planejar também a mobilização e deslocamento de equipes e o transporte de materiais, equipamentos e eventuais amostras coletadas, pois toda essa logística também pode envolver custos expressivos, a depender do projeto e do seu local de execução.

Para o planejamento de materiais e equipamentos a serem utilizados nos trabalhos de campo, os check-lists se tornam um bom aliado nesta tarefa, facilitando também na apresentação tanto na entrada como na saída de empresas, para a segurança patrimonial, quando for o caso.

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Autorizações para os Trabalhos de Campo

Para a execução dos trabalhos de campo, a depender do local e dos serviços que serão desenvolvidos, algumas autorizações eventualmente podem ser necessárias e deverão ser solicitadas antes do início das atividades. Estas autorizações podem ser exigidas pelos órgãos públicos, a nível federal, estadual e/ou municipal, como, por exemplo, as autorizações do IBAMA, órgãos ambientais ou prefeituras, mas também podem ser exigência da própria empresa, quando envolvem procedimentos internos, como é o caso das Permissões de Trabalho.

Saber da existência destas autorizações e se antecipar para obtê-las antes do início dos projetos é imprescindível para evitar paralisações dos trabalhos e até penalizações.

Outro ponto fundamental a ser considerado na fase de planejamento dos trabalhos de campo é a Segurança do Trabalho. Este tema deve ser tratado com muita seriedade ao longo de todo o trabalho a ser desenvolvido, inicialmente com Análise Preliminar de Risco (APR), que deve ser de conhecimento de todos os participantes do projeto.

A APR, de modo geral, busca prever os riscos do trabalho e suas possíveis causas, consequências e vulnerabilidades, determina quais medidas serão adotadas para a prevenção dos riscos levantados e quais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou coletivo serão utilizados. Em relação aos EPIs os gestores e líderes de equipe devem ficar atentos não apenas aos necessários para as atividades, mas também às particularidades de cada empresa.

Em campo, diariamente antes do início dos trabalhos, o Diálogo Diário de Segurança (DDS) é de extrema importância, pois é quando são discutidos com a equipe os possíveis riscos da tarefa a ser realizada no dia, as eventuais interferências no local de trabalho, bem como são alinhadas as práticas seguras para os serviços que serão executados, além da forma correta do uso de EPIs.

Ainda em relação à Segurança do Trabalho, vale lembrar que para a execução de determinadas atividades, pode ser exigida a cerificação da equipe de campo em determinadas Normas Regulamentadores (NRs).

Os Imprevistos de Campo

Mesmo com todo o planejamento mencionado, os trabalhos de campo muitas vezes são passíveis de imprevistos, na maioria dos projetos. Quando ocorrem, as experiências da equipe de campo e seu líder são fundamentais para as ações a serem tomadas, evitando maiores danos ao desenvolvimento do projeto.

Outros aspectos a serem destacados, durante a execução dos trabalhos de campo, são correta utilização de materiais, evitando desperdícios e a gestão adequada dos resíduos gerados nas atividades.

Ao final dos trabalhos de campo, algumas práticas são indispensáveis como a verificação da limpeza da área e o encerramento das permissões de trabalho e comunicação ao cliente da finalização das atividades.

Caso necessite de alguma assessoria técnica especializada ou execução de projetos ambientais, a RAÍZCON poderá te ajudar. Entre em contato e conte conosco, teremos o prazer em apresentar soluções para o seu negócio!

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Felipe Prenholato

Realizou cursos de especialização em Sistema de Gestão Integrado (SGI) e Licenciamento Ambiental.

Atualmente, atua como Diretor Executivo da RAÍZCON, trazendo seus conhecimentos e visão estratégica de negócios para o mercado ambiental, de forma a auxiliar os empreendedores nas questões ambientais.

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