A Remediação Ambiental é uma medida de intervenção para reabilitação de uma área contaminada, através da aplicação de técnicas visando a remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes presentes no local.
A remediação é necessária quando as concentrações de contaminantes identificados podem acarretar em risco para os receptores locais humanos e/ou ecológicos.
A etapa que avalia os cenários e caracteriza o risco é a Avaliação de Risco à Saúde Humana. Caso essa etapa confirme a existência do risco, deverão ser implementadas ações para restabelecimento do risco aceitável para o cenário pretendido.
Assim, a remediação ambiental consiste em um conjunto de técnicas voltadas a remoção da fonte de contaminação, a redução da contaminação nas matrizes do aquífero (solo, água subterrânea e vapores) para níveis aceitáveis ambientalmente.
A remediação é utilizada quando as medidas de intervenção não foram suficientes para reduzir os riscos à saúde humana pela contaminação do solo e/ou da água subterrânea.
Veja sobre o Plano de Intervenção.
De acordo o artigo 44 do Decreto nº 59.263/2013, às medidas de remediação por tratamento deverão ser priorizadas, em relação às medidas de remediação por contenção, tendo em vista sua ação no sentido de promover a remoção da massa de contaminantes presentes na área.
Técnicas de Remediação Ambiental
Para escolher a melhor técnica a ser empregada na remediação, deve-se levar em consideração as características intrínsecas de cada área, como os dados de subsuperfície, geologia local, características químicas do contaminante que se pretende atingir, entre outras.
Essas informações são coletadas durante as etapas antecessoras como a Investigação Confirmatória e Detalhada. Por esse motivo, é fundamental que todas as etapas do gerenciamento de áreas contaminadas sejam bem conduzidas.
A remediação de uma área contaminada pode ser feita com técnicas in situ, ex situ, ou ambas. Veja os exemplos de cada uma e quais são suas vantagens e desvantagens:
Remediação In situ
Essa técnica, realizada no próprio local da contaminação, normalmente apresenta um custo menor em relação à ex situ e não há risco de provocar uma contaminação secundária, devido ao transporte e tratamento em área de terceiros.
São exemplos de remediação in situ:
- Sistemas de bombeamento (pump and treat);
- Sistemas de Extração de vapores (soil vapor extraction);
- Sistemas de Extração Multifásica;
- Processos Oxidativos Avançados;
- Processos Redutores;
- Barreiras Reativas e Barreiras Hidráulicas;
- Sistemas térmicos;
- Biorremediação.
Remediação Ex situ
Para a realização dessa remediação é necessário realizar a escavação, remoção e tratamento com destinação final adequada do material contaminado. Desta forma, envolve um processo de transporte do material escavado até o local de tratamento que acaba sendo acrescido no custo do projeto.
Como forma de tratamento ex situ temos:
- Disposição em Aterro sanitário
- Coprocessamento;
- Dessorção térmica
- Biopilhas
Como visto, há várias técnicas para realizar a remediação ambiental de uma área contaminada. A técnica escolhida deve levar em consideração diversos fatores que são peculiares ao local e aos contaminantes presentes.
Por isso, a condução deve ser realizada por uma equipe especializada com um amplo conhecimento técnico para se propor a melhor alternativa de remediação para cada caso.
A RAÍZCON poderá te auxiliar na escolha da melhor estratégia de remediação. Contate-nos, teremos o prazer em ajudar!